As queimadas são uma das maiores ameaças silenciosas aos ecossistemas da Mata Atlântica. Quando o fogo atinge a vegetação nativa, os impactos vão muito além da perda de flora: há destruição de habitats inteiros, morte ou fuga da fauna silvestre, empobrecimento do solo, aumento da erosão e o comprometimento direto de nascentes — como as que alimentam o Rio Cacaria, em Piraí (RJ).
Esses incêndios podem começar com práticas agrícolas ultrapassadas, descuidos rotineiros ou mesmo ações criminosas. Independentemente da origem, o resultado é devastador. Os efeitos são duradouros e, muitas vezes, irreversíveis.
Com mais de quatro décadas de atuação na bacia do Rio Cacaria, a Fundação GMON desenvolve ações permanentes e integradas de prevenção e combate ao fogo. O foco está na proteção ambiental, mas também na mobilização social e na restauração ecológica.
Entre as principais frentes de atuação da Fundação, destacam-se:
Monitoramento contínuo de áreas vulneráveis, especialmente durante os períodos mais secos do ano.
Formação de brigadas comunitárias voluntárias, com capacitação de moradores e trabalhadores rurais.
Campanhas de educação ambiental, voltadas para boas práticas agrícolas e prevenção de queimadas.
Apoio a políticas públicas e articulação com órgãos de fiscalização e defesa civil.
Restauração de áreas atingidas pelo fogo, com plantio de espécies nativas e manejo ecológico do solo.
A relação entre vegetação e disponibilidade hídrica é direta e essencial. Quando as matas que protegem as nascentes são destruídas, o solo perde sua capacidade de infiltrar e armazenar água. Isso afeta não apenas o fluxo dos rios, mas também a qualidade da água, o abastecimento rural e o equilíbrio climático local.
Na prática, combater o fogo significa proteger a vida — humana, animal e vegetal. É uma ação fundamental para garantir o funcionamento dos ciclos naturais.
A luta contra as queimadas também é cultural. É necessário mudar a mentalidade que ainda trata o fogo como recurso de manejo, e fortalecer a visão de que a floresta em pé é muito mais valiosa do que a terra queimada.
A Fundação GMON atua com consistência e comprometimento para transformar essa realidade. Seus projetos combinam ciência, engajamento comunitário e ações práticas em campo, construindo um caminho possível para a convivência harmônica entre o ser humano e a natureza.
Preservar a floresta é resistir. Restaurar o que foi perdido é um compromisso com o futuro.